FONTES ENERGÉTICAS
O ser humano durante a sua actividade, tem necessidade constante de energia e, a fonte
energética mais rápida para a possibilidade de realização de um determinado trabalho, é
o composto químico, adenosina trifosfato (ATP). E, é precisamente a sua
desintegração que vai garantindo o fornecimento energético. Por sua vez, a produção
metabólica do ATP pelo músculo ou outras células, é o resultado da energia libertada
através da desintegração dos alimentos. Este, é um processo que consiste numa série de
reacções químicas, aeróbias e anaeróbias. E, uma ou outra reacção química, depende da
intensidade e volume da actividade realizada.
O composto ATP é armazenado em todas as células musculares. Vejamos então os 3
sistemas que permitem às células musculares dispor desse composto:
- ATP PC (fosfo-creatina);
- Sistema do ácido láctico ou glicólise anaeróbia; e,
- Sistema aeróbio.
Todos estes sistemas, consistem numa série de reacções químicas que procedem à
desintegração de substâncias alimentares, para a indispensável ressíntese de ATP.
Assim, para o referido efeito, constatamos com 2 sistemas anaeróbios:
- Sistema do ATP-PC, e,
- Sistema do Ácido Láctico.
São um tipo de sistemas energéticos que não exigem a presença de O2 que
respiramos, ou melhor, a sua quantidade mais desejável.
ATP PC -, ou sistema do fosfagénio -, neste sistema, a energia necessária para a
ressíntese de ATP provém da desintegração de um único composto, a fosfo-creatina
(PC). Os depósitos de fofagénio armazenados nos músculos, quando solicitados para
realizarem trabalho, esgotam em cerca de 10 segundos, num exercício de intensidade máxima. Significa então que a quantidade de energia ATP disponível a partir do
fosfagénio, é muito limitada. De realçar que sem esse sistema, as actividades rápidas e
vigorosas, não seriam possíveis, dado o seu nível elevado de exigência no fornecimento
rápido de energia.
Sistema do ácido láctico ou glicólise anaeróbia-, consiste numa desintegração
incompleta de um dos nutrientes, o carboidrato açúcar em ácido láctico. O ácido láctico
como um co-produto da glicólise anaeróbia, quando se acumula em altos níveis nos
músculos e no sangue, produz fadiga muscular. No exercício exaustivo, a glicólise
anaeróbica, é muito limitada, visto que os músculos só conseguem tolerar uma
acumulação de 60 a 70 gramas de ácido láctico. No entanto, à que realçar que a glicólise
anaeróbia é extremamente importante, para actividades que têm uma durabilidade de 1
a 3 minutos.
Sistema Aeróbio-é a maior fonte para a ressíntese de ATP e consiste na desintegração
do glicogénio em dióxido de carbono (CO2) e água (H2O). Na glicólise aeróbia não há
acumulação de ácido láctico, dada a presença de oxigénio (O2). Quer dizer, a presença
de O2 inibe o acumulo de ácido láctico, mas não a ressíntese de ATP.
Ainda no âmbito do sistema aeróbio, para além da desintegração aeróbia do glicogénio,
também há desintegração aeróbia de outros dois nutrientes: lípidos ou gorduras e
proteínas, em CO2 e H2O, que por sua vez, liberta energia para a ressíntese de ATP.
Referimo-nos apenas ao metabolismo aeróbio da massa gorda, dado que a proteína
normalmente não é utilizada como combustível metabólico.
Assim, a massa gorda é desintegrada aerobiamente por uma série de reacções de
oxidação. A grande diferença entre a desintegração de glicogénio e a desintegração de
gordura, para a ressíntese de ATP, é que, para a desintegração deste último ácido, há um
maior consumo de O2, comparativamente com a desintegração de glicogénio.
Portanto, o sistema aeróbio utiliza tanto as gorduras, como o glicogénio, para a
ressíntese de grandes quantidades de ATP. Neste contexto, consiste no sistema ideal
para a ressíntese dessa energia, tanto em repouso, como em exercícios prolongados, pois, é graças à grande quantidade de energia imediatamente disponível (glicogénio,
gorduras e oxigénio) para os músculos esqueléticos mais solicitados, que o ácido láctico
não se acumula. Uma condição que impede a emergência da fadiga precoce.
Em exercício -, como vimos referindo, os sistemas aeróbio e anaeróbio contribuem para
o fornecimento de ATP. Assim, passamos a dividir o tipo de actividades conforme as
suas características:
- Actividades de curta duração:
Em actividades como 100 metros (fosfagénio) -, 200 -, 400 -, 800 metros velocidade
(ácido láctico), actividades que possam ser mantidas durante 1 a 2 -, 3 minutos no
máximo, o principal nutriente combustível, são os carboidratos e, o sistema
predominante é anaeróbio, o que significa que também o sistema aeróbio contribui, mas
em menor escala, sendo o menos representado por 2 razões:
1ª - cada indivíduo possui um limite para a emergência da sua potência aeróbia. Isto é,
cada um possui um determinado ritmo máximo para o consumo de O2.
2ª - são necessários 2 a 3 minutos para que o consumo de O2 alcance um nível adequado
e mais elevado. Por exemplo um indivíduo treinado possui potências aeróbias máximas
de 3 a 5 litros de O2 minuto. Para os não treinados oscila entre os 2 a 3 litros de O2
minuto. E, quer num e outro caso, os níveis de consumo de O2, não são suficientes para
o fornecimento de ATP necessário a esse tipo de esforços. Por exemplo, um pique de
100 metros pode exigir cerca de 45 litros de O2. E, a razão da capacidade desse
aumento retardado de O2, deve-se essencialmente a adaptações bioquímicas e
fisiológicas apropriadas, que ocorre num tempo de 2 a 3 minutos. Daí que, durante a
verificação desse défice de O2, os sistemas energéticos solicitados, são o fosfagénio e
glicólise anaeróbia, para o fornecimento do ATP necessário durante o exercício.
Neste contexto, nas provas de curta duração e de alta intensidade, verifica-se uma
acelaração rápida da glicólise anaeróbia e paralelamente, o acúmulo de ácido láctico nos
músculos e no sangue, originando assim a inibição da contracção muscular e a emergência da fadiga. Daí que o treino deva perspectivar a capacidade de tolerar os
altos níveis de ácido láctico, bem como os desconfortos resultantes da fadiga.
- Actividades de longa duração -, os nutrientes principais são os carboidratos e lípidos.
Entretanto, no início do exercício, o principal nutriente é o glicogénio e, só no final do
exercício, passam a ser as gorduras, o principal nutriente. Assim, neste caso, a principal
fonte de ATP, é o sistema aeróbio. Os restantes também dão o seu contributo, mas
apenas no início da actividade, até se alcançar o steady state.
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Ensino do Futebol 7- Etapas
1 Etapa- relação do jogador com a bola- Eu e a bola
-Construir a relação com a bola.
2 Etapa- relação do jogador com a bola e com a baliza-Eu, a bola e a baliza
-Construir a presença dos alvos
3-Etapa relação do jogador com a bola, com a baliza e com o adversário-O duelo (1x1)
-Construir a presença do adversário.
4-Etapa-relação do jogador com a bola,com a baliza,com o companheiro e com o adversário-O jogo a 2
-Construir a presença dos colegas e adversários.
5-Etapa-relação do jogador com a bola,com a baliza,com os adversários e com os companheiros-O jogo a 3
-Construir a presença dos colegas e adversários.
6-Etapa-relaçaõ do jogador com a bola,com a baliza,com os adversários e com a equipa-O jogo a 7
-Desenvolver as noções de espaço/tempo/tarefa
-Construir a relação com a bola.
2 Etapa- relação do jogador com a bola e com a baliza-Eu, a bola e a baliza
-Construir a presença dos alvos
3-Etapa relação do jogador com a bola, com a baliza e com o adversário-O duelo (1x1)
-Construir a presença do adversário.
4-Etapa-relação do jogador com a bola,com a baliza,com o companheiro e com o adversário-O jogo a 2
-Construir a presença dos colegas e adversários.
5-Etapa-relação do jogador com a bola,com a baliza,com os adversários e com os companheiros-O jogo a 3
-Construir a presença dos colegas e adversários.
6-Etapa-relaçaõ do jogador com a bola,com a baliza,com os adversários e com a equipa-O jogo a 7
-Desenvolver as noções de espaço/tempo/tarefa
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